Introdução: A higiene das mãos é reconhecida mundialmente como uma das práticas mais eficazes na prevenção de infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS), desempenhando um papel crucial na segurança do paciente e na qualidade assistencial. A adesão a essa prática é particularmente crítica em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), onde os pacientes são altamente vulneráveis a infecções devido à gravidade de suas condições e à intensidade dos procedimentos invasivos realizados. Objetivos: Descrever a experiência de uma acadêmica de enfermagem na observação direta da adesão à higienização das mãos pela equipe multiprofissional de uma unidade de terapia intensiva. Método: trata-se de estudo descritivo, do tipo relato de experiência realizado no período de abril de 2024 em uma unidade de terapia intensiva de um hospital privado do Estado do Piauí por meio de um instrumento de observação direta de higiene das mãos. Resultados: A equipe multiprofissional foi observada por um período de um mês enquanto realizavam as atividades do plantão, por meio de um formulário de observação para verificar a adesão à higiene das mão durante os 5 momentos preconizados pela Anvisa, sendo eles; antes de tocar o paciente, antes de realizar procedimento limpo/asséptico, após risco de exposição a fluidos corporais e após tocar o paciente e após tocar superfícies próximas ao paciente. As categorias profissionais com maior adesão foram os médicos e técnicos de enfermagem. Observou-se a preferência por preparação alcoólica em vez do uso de água corrente e sabonete para higienização. Foi possível identificar, ainda que os profissionais que deixaram de realizar a higiene das mãos em virtude do uso de luvas, as quais foram empregadas de forma inadequada como a substituição á higiene adequada Conclusão: A observação da prática de higiene das mãos na UTI evidenciou a importância da adesão rigorosa aos protocolos estabelecidos, especialmente em um ambiente de alta complexidade e elevado para risco de infecção. Embora a adesão tenha sido satisfatória entre algumas categorias profissionais, como médicos e técnicos de enfermagem, ainda foram identificadas falhas relacionadas ao uso inadequado de luvas como substituto à higienização. Esses achados reforçam a necessidade contínua de educação permanente, sensibilização da equipe e reforço das boas práticas para garantir a segurança do paciente e a qualidade do cuidado prestado.
Comissão Organizadora
Jonathan Wedson da Silva
Vanessa Rayane
Vitor Silva Maia
Comissão Científica
Fernanda Claudia Miranda Amorim